Mulher é morta por tiro efetuado em assalto à residência em Caucaia

A vítima estava com o marido, dentro da sua residência, no momento do crime

 

A vítima, Karine Souza Sampaio, tinha 22 anos

 

Criminosos mataram uma mulher, identificada como Karine Souza Sampaio, de 22 anos, durante um assalto, na madrugada desta segunda-feira (14), na Travessa Contorno Sul,  em Caucaia. Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) estiveram no local para realizarem os primeiros levantamentos sobre o caso, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

 

De acordo com informações da Secretaria, Karine e o esposo estavam em casa, no Bairro Planalto Caucaia, quando suspeitos invadiram a residência e anunciaram um assalto. Mesmo após terem rendido o casal, os criminosos dispararam um tiro, que atingiu a jovem.

 

A SSPDS informou que a Delegacia Metropolitana de Caucaia investiga o latrocínio, com objetivo de identificar e prender os suspeitos, e que a população pode ajudar a Polícia por meio de informações que podem ser enviadas pelos números 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS); ou  para o (85) 3101-3360, da Delegacia Metropolitana de Caucaia.  O Órgão afirmou ainda que  sigilo e o anonimato são garantidos.

 

DN

Mulher morre após levar choque em máquina de lavar roupas na zona rural de Sobral

Vítima deu entrada no hospital em óbito, com queimaduras nas mãos e nos braços.

 

Uma mulher identificada como Fabiana Lucas, de 35 anos, morreu após levar um choque elétrico em uma máquina de lavar roupas na zona rural de Sobral, na tarde deste domingo (13)

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Conforme uma parente da vítima, que não quis se identificar, Fabiana estava na casa dos pais quando foi até o quintal colocar roupas na máquina e não retornou. A mãe de Fabiana foi procurá-la e encontrou a filha caída, próximo ao equipamento.

 

Fabiana chegou a ser socorrida para o Hospital Municipal Senador Carlos Jereissati, no município de Mucambo.

 

Segundo uma funcionária da unidade, a mulher apresentava marcas de queimaduras nas mãos e nos braços, mas deu entrada na unidade já em óbito.

 

Foram realizados procedimentos de reanimação, mas Fabiana não respondeu aos estímulos.

 

Fabiana Lucas trabalhava em uma escola. O estabelecimento divulgou nota de pesar pela morte da colaboradora.

 

DN

Areia no ventilador: relator quer dinheiro da cessão onerosa na previdência municipal

 

 

Os governadores e prefeitos estão com olhos voltados, nesta terça-feira (15), para votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado do parecer do  senador Omar Aziz (PSD-AM) ao projeto que trata da distribuição dos recursos do leilão de petróleo na camada do pré-sal entre estados e municípios.

 

Os chefes de executivos estaduais e municipais estão bem confiantes para a aprovação da matéria, também, no Plenário da Câmara, mas não escondem a preocupação de que uma declaração do relator do projeto jogue areia no calendário da entrada em vigência das regras para divisão do dinheiro da cessão onerosa.

 

O senador Osmar Aziz defende exigência para  os prefeitos usarem os recursos prioritariamente para cobrir rombos na Previdência, a exemplo da imposição feita no projeto aprovada pela Câmara Federal, para os governos estaduais.

 

“Isso não me agrada. Tinha que vincular para os dois (Estados e municípios) porque já tivemos uma experiência com a repatriação (de dinheiro do exterior), em que foi dado dinheiro para os Estados e a gente nem sabe o que foi feito com esses recursos”, disse o relator do projeto da cessão onerosa, ao deixar preocupação entre os perfeitos que tanto esperam por esse dinheiro.

 

Se inclusa a proposta do relator no projeto, 66 dos 184 municípios do Ceará, teriam que, primeiro, destinar o dinheiro da cessão onerosa para cobrir o rombo na previdência municipal. Se passar o projeto como foi aprovado pela Câmara Federal, os prefeitos poderão usar o dinheiro – tanto na área da previdência, quanto para obras.

 

Ceara Agora

Sérgio não moveu uma palha. Requerimento atendido é de autoria do Romeu

 

 

Fato: o Governo do Estado do Ceará atendeu os requerimentos de autoria do deputado estadual Romeu Aldigueri  referente a instalação  do SAMU em Granja e em Camocim. Atendeu também o pedido para a aquisição de equipamentos para o funcionamento da UPA de Tianguá.  Ok!?

 

Agora veja bem: 

 

Bastou Romeu anunciar o oficio que recebeu da  própria Secretaria de Saúde do Estado confirmando seu requerimento aprovado na Assembleia, e até mesmo parabenizando-o pela iniciativa,  para o deputado Sérgio Aguiar aparecer pousando de padrinho das benfeitorias, quando na realidade o mesmo não teve nenhuma participação no pleito. Não moveu uma palha nesse sentido

 

Sérgio, que também é conhecido em Camocim como Papaudo, agora tenta “papar” os méritos que não são seus. Se duvidar, deve ter ficado na torcida pela reprovação do Requerimento

 

E se Sérgio não tem mérito, imagine sua esposa, a prefeita Monica Aguiar.

 

Em tempo:

 

Essa situação lembra bastante o episódio da recuperação das rodovias estaduais na região, em que tentaram passar pra população que Sérgio seria o padrinho da obra, quando o próprio Governador nas redes sociais, ao vivo, atestou ser de Romeu o Requerimento. E na solenidade oficial de Assinatura da  Ordem de Serviço, no Palácio da Abolição, Romeu foi quem assinou a Ordem junto com o Governador. Sérgio sequer compareceu ao evento. Com raiva, e para não ficar por baixo, que nem menino mimado, reuniu alguns de seus subalternos em Camocim e inventou, sem pé e sem cabeça, uma falsa solenidade de assinatura de ordem de Serviço.

 

Carlos Jardel

Canonização de Irmã Dulce reconhece trabalho social

Irmã Dulce

 

 

Na primeira quinzena de agosto deste ano, a professora aposentada Miralva Tito Moreno Oliveira, 74 anos, preparava-se para um procedimento cirúrgico no Hospital da Bahia, em Salvador, para retirada de cálculos que podiam chegar ao ureter, quando o médico a informou que não seria mais necessária a operação.

 

“Dona Miralva, a senhora não tem a pedra mais”, disse o urologista conforme relato da paciente à reportagem. De acordo com o exame pré-operatório feito no hospital, o cálculo não estavam lá. Miralva Oliveira temia dor e desconforto se as pedras chegassem e crescessem no ureter. O risco havia sido detectado por um exame de ultrassom e confirmado por ressonância magnética.

 

A paciente mostrou, então, ao médico o santinho impresso da beata Irmã Dulce, que ela mantinha sobre o abdome, pedindo intercessão de Irma Dulce, a futura Santa Dulce dos Pobres. Emocionada, Miralva Oliveira descreve ter recebido “uma graça” do “Anjo Bom da Bahia” que foi canonizada hoje (13) pelo papa Francisco na Praça São Pedro, no Vaticano; e se tornou a primeira santa brasileira. A celebração litúrgica reuniu cerca de 50 mil pessoas.

 

A ex-paciente comemora a canonização da religiosa, “uma santa brasileira e baiana! A gente só pode ter orgulho de louvar a Deus”, diz Miralva.

 

Veja momentos da cerimônia no Vaticano:

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Cerimônia de canonização da Irmã Dulce no Vaticano – TV Brasil

 

 

Para a pesquisadora baiana Thiaquelliny Teixeira Pereira, que escreveu tese de doutorado sobre a construção social da santidade, Irmã Dulce já é considerada santa pelos brasileiros e, em especial, pelos baianos. “População brasileira é pouco entendida na questão da liturgia, é um povo de muita fé e de pouco conhecimento teológico”, observa. “[Há] Pessoas que são cultuadas pela população baiana à procura de milagres, de terem suas aflições respondidas”, revela a pesquisadora.

 

Conforme o jornalista Graciliano Rocha, autor da biografia Irmã Dulce, a Santa dos Pobres, são comuns relatos de fiéis, como Miralva Oliveira, descrevendo recuperação da saúde e o recebimento de outras graças após fazer orações e promessas à Irmã Dulce.

 

“Há um imenso mosaico de fé popular. A devoção à Irmã Dulce mobiliza todo o tipo de gente, de qualquer classe social”, descreve o biógrafo que realizou pesquisa por oito anos no Brasil, no Vaticano e até nos éEstados Unidos. Segundo ele, nos vinte anos após a morte da beata (entre 1992 e 2012) mais de 10 mil relatos de graças foram descritos em cartas de fiéis.

 

“É impossível não perceber beleza na devoção das pessoas”, observa o biógrafo após leitura de amostra dessas mensagens para escrever o livro. Há nas cartas “a inquietação genuína dos devotos”, principalmente de “causas ligadas à saúde”.

 

Ouça na Rádio Nacional:

 

 

Irmã Dulce

 

Hospital no lugar do galinheiro

Para o Graciliano Rocha, a vinculação à saúde tem muito a ver com o trabalho e o legado que a beata deixou após 60 anos dedicados à vida religiosa e à assistência aos mais pobres. Atualmente, as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) contabilizam 2,2 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano, e dispõem de 954 leitos em cinco hospitais.

 

Segundo descreveu Maria Rita de Souza Brito, sobrinha da freira e superintendente das Osid, à agência de notícias do Vaticano, o complexo hospitalar interna, por ano, 18 mil pessoas, realiza 12 mil cirurgias, atende 11,5 mil pessoas em tratamentos de câncer.

 

As obras sociais tiveram início no ano de 1949, quando Irmã Dulce ocupou um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio para cuidar de 70 doentes. Onze anos depois, a futura santa cuidava de um hospital que dispunha de 160 leitos.

 

“Era um momento que não havia direito à saúde pública. As pessoas para serem atendidas em hospital público tinham que ter carteira de trabalho assinada. O hospital dela era o único que não rejeitava ninguém. Isso foi fundamental para que o colapso da cidade de Salvador não tenha sido pior na segunda metade do século 20. Isso é a base da santidade que ela tinha em vida”, avalia o biógrafo.

 

Sérgio Lopes, assessor corporativo das Osid, avalia que erguer a infraestrutura de atendimento hospitalar – e que também oferta ensino fundamental para 750 crianças e adolescentes, e fornece 1,7 milhão de refeições gratuitas por ano – “foi o primeiro milagre de Santa Dulce dos Pobres.”

 

O assessor crê que a canonização “vai aumentar a visibilidade” do trabalho da Osid e ajudar o fechamento das contas. O atendimento à saúde é feito graças a convênios com o Sistema Único de Saúde (SUS).  No ano passado, o dinheiro não foi suficiente. Conforme Lopes, restou um déficit de R$ 11 milhões que foi coberto posteriormente por repasses do Ministério da Saúde e doações, que equivalem a 5% do orçamento anual.

 

 Irmã Dulce
Irmã Dulce – Acervo Irmã Dulce

Invasão de casa

 

Assim como a história do galinheiro transformado em hospital, outras passagens alimentam a visão de que Irmã Dulce dedicou sua vida a acolher as pessoas mais humildes, como um menino ardendo em febre que a procurou pedindo para “não morrer na rua”. De acordo com o biógrafo Graciliano Rocha, o menino tinha 15 anos, trabalhava vendendo jornal na rua, era franzino e, provavelmente, sofria de malária. “Foi a primeira pessoa que a futura santa tirou das ruas”, relembra Graciliano.

 

O local era próximo à Igreja do Bonfim, e ao avistar uma casa vazia e fechada, Irmã Dulce pediu a um passante que arrobasse o imóvel, assegurando que ela assumiria a responsabilidade. A freira providenciou colchão e um candieiro para o menino passar a noite, forneceu alimento, pediu que a irmã do pároco da Igreja do Bonfim cuidasse do garoto. Ela depois voltou com o médico.

 

“Irmã Dulce atendeu o menino. No dia seguinte, tinha diante de si uma cancerosa, que ela atendeu. Depois apareceram mais alguns necessitados, e ela foi atendendo”, complementa Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador, em entrevista por escrito à Agência Brasil. O arcebispo ressalta que Irmã Dulce “era de baixa estatura, pesava somente 45 quilos, tinha uma saúde muito precária, dormia três ou quatro horas por noite etc. E, no entanto, foi à luta. Foi fazendo o que podia fazer, à medida em que os desafios se multiplicavam à sua frente”.

 

O religioso também assinala que “mais e mais as pessoas estão descobrindo a importância da vida de Irmã Dulce e do legado que nos deixou. E isso é muito importante porque o número de pobres, doentes e necessitados só aumentou e, por isso, há necessidade de muitas outras Irmãs Dulce.”

 

“O trabalho de Irmã Dulce era dedicado aos pobres mais pobres, aos desvalidos, aos sem casa, aos que estavam na sarjeta: o marginal, a prostituta, o bandido. Ela tinha o coração aberto a todo mundo”, comenta o advogado Antônio Gilvandro Martins Neves, que conheceu Irmã Dulce no final dos anos 1960 e teve sua ajuda para fundar uma casa de estudante em Salvador e depois manter um hospital beneficente em Paramirim, no interior da Bahia.

 

O biógrafo Graciliano Rocha acredita que a dedicação aos mais humildes pesou favoravelmente na decisão de canonizar Irmã Dulce. “Ela via no pobre a figura de Jesus Cristo a ser acolhido. Esse era o imperativo ético e religiosos que a movia”, comenta. Para a Thiaquelliny Teixeira Pereira, a canonização de Irmã Dulce não vai reverter o quadro social que se agrava segundo estatísticas oficiais que atestam aumento de pobreza e desigualdade, “mas é sempre bom ter em evidência alguém reverenciável que olha para os pobres”.

 

Conheça o trabalho filantrópico do projeto “Obras Sociais Irmã Dulce”

 

 

Ag  Brasil

Papa canoniza Irmã Dulce, a primeira santa brasileira

Irmã Dulce devotou sua vida a servir os mais necessitados e desenvolveu um trabalho social em sua terra natal, Bahia

 

 

Papa Francisco canonizou neste domingo (13), na Basílica de São Pedro, a Irmã Dulce, a primeira santa nascida no Brasil, em 1914.

 

A nova santa brasileira, cujo nome verdadeiro era Maria Rita Lopes, foi proclamada santa diante de inúmeros bispos, religiosos e missionários de seu país que atualmente participam do Sínodo para a defesa da Amazônia. “Hoje agradecemos ao Senhor pelos novos santos, que andaram com fé e agora os evocamos como intercessores”, disse o Papa Francisco diante da multidão reunida na praça.

 

“Três são religiosos e nos mostram que a vida consagrada é um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo”, acrescentou.

 

Um enorme retrato da missionária, bem como dos outros quatro santos canonizados na cerimônia deste domingo, foi exposto em frente à fachada da basílica.

 

Irmã Dulce devotou sua vida a servir os mais necessitados e desenvolveu um trabalho social em sua terra natal, Bahia, onde fundou vários hospitais de caridade e uma rede de apoio social que dirigiu até sua morte em 1992, aos 77 anos.

 

A nova santa alcança a glória dos altares, graças a duas curas inexplicáveis, de acordo com o processo de beatificação iniciado em 1999.

 

Ao “anjo da Bahia”, como era chamada pelos que a viam nas ruas de Salvador com seu hábito azul e branco, são atribuídos dois milagres: ter estancado a hemorragia de uma mulher após um parto e devolvido a visão de um homem que ficou cego durante 14 anos.
Sua canonização, 27 anos após sua morte, foi o terceiro processo mais rápido da história, atrás apenas do papa João Paulo II (2014) e da madre Teresa de Calcutá (2016).

 

Candidata ao Nobel da Paz

A freira conheceu o papa João Paulo II, com quem teve duas reuniões em 1980 e em 1991, quando foi hospitalizada por problemas de saúde em função de uma doença pulmonar crônica.

 

Seu humanismo e trabalho de caridade levaram o então presidente do Brasil, José Sarney, a candidatá-la em 1988 ao Prêmio Nobel da Paz.
Foi beatificada por Bento XVI em 2011 após a verificação de um primeiro milagre, conforme estabelecido pelas normas do Vaticano.

 

Novos santos 

As outras novas santas proclamadas por Francisco neste domingo são a italiana Giuseppina Vannini (Judith Adelaide Agata), fundadora das Filhas de São Camilo, que morreu em 1911; a indiana Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, fundadora da Congregação das Irmãs da Sagrada Família, falecida em 1926, e a leiga suíça Margarita Bays, da

 

Terceira Ordem de São Francisco de Assis, que morreu em 1879.

 

São figuras emblemáticas da Igreja, assim como o cardeal britânico John Henry Newman, o primeiro santo inglês a não ser um mártir desde a Reforma.
Nascido em Londres em 1801, Newman foi ordenado sacerdote da igreja anglicana, da qual foi pastor em Oxford. Por um longo tempo, ele foi um crítico da Igreja católica, que chegou a acusar de heresia.

 

No entanto, anos depois, em meados do século XIX, converteu-se ao catolicismo na Inglaterra.

 

Para a ocasião, o príncipe Charles – que um dia deverá liderar a Igreja da Inglaterra – representou o Reino Unido.

 

DN

Infância refugiada: 10 mil crianças venezuelanas já entraram no Brasil

 

 

Hoje é o Dia das Crianças e no alojamento BV8 em Pacaraima (RR), fronteira do Brasil com a Venezuela, os cerca de 400 meninos e meninas que vivem temporariamente por lá têm um pedido: cholas ou em português, chinelos. Alguns deles não têm calçados para proteger os pequenos pés que cruzaram caminhos difíceis até chegar ao Brasil.

 

Desde 2017, mais de 200 mil venezuelanos já entraram no Brasil fugindo da crise econômica, política e social do país. De acordo com estimativas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), entre eles estão quase 10 mil crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, considerando o período de 2015 a 2019. O número é uma projeção, já que não há um dado oficial. Uma delas é Diego Hernandéz, de 10 anos. Ele está com a mãe e irmãos no BV8, um abrigo temporário que acolhe principalmente o público mais vulnerável, até que possam seguir para Boa Vista ou para outros estados dentro do processo de interiorização.

 

“Queremos chinelos e roupas para sermos crianças limpas. Quando as crianças não têm roupa, elas se sentem tristes”, explica Diego. O tenente-coronel Barcellos, coordenador da Operação Acolhida em Pacaraima, conta que as crianças chegam com necessidades muito básicas como roupas e fraldas.

 

“Muitas vezes elas chegam sem entender o que está acontecendo. A gente vê que para elas tudo é novo, diferente”, diz Barcellos. A Operação Acolhida é coordenada pelas Forças Armadas com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), além de outros órgãos do poder público e entidades da sociedade civil.

 

Apesar das difíceis condições, o menino agradece o acolhimento no Brasil e fala com propriedade sobre a crise que levou ele e sua família a cruzarem a fronteira. “Pelo menos vocês estão nos ajudando porque a Venezuela está pobre, já a metade da população se foi porque a situação está muito feia por lá”, lembra Diego.

 

As crianças são uma preocupação ainda maior no contexto da migração, já que direitos muito básicos como a alimentação adequada ficam comprometidos. “Essas pessoas foram deslocadas de suas residências então tem um impacto desse deslocamento, a chegada no local. Às vezes a vida num abrigo também é muito distinta da realidade que essas crianças estavam vivendo na Venezuela. Isso tudo tem feito com que esse processo tenha um impacto muito forte nas crianças”, aponta Thais

 

Menezes, chefe de relações institucionais da Acnur.

 

Primeira infância

 

A vida no alojamento BV8 e nos outros abrigos mantidos pela Operação Acolhida pode não ser a ideal. Mas lá, as crianças têm ao menos três refeições por dia e um lugar seguro para dormir. Entre os cerca de 700 moradores temporários do local – o espaço está sendo ampliado para receber até mil pessoas – estão cerca de 60 crianças com até 7 anos. A maioria delas está na chamada primeira infância, período que vai do nascimento até os 6 anos de vida. A primeira infância é uma fase decisiva para o desenvolvimento infantil, pois é quando o cérebro é moldado a partir das experiências, dos estímulos e do ambiente em que a criança vive.

 

“Os primeiros anos são muito importantes porque tudo está acontecendo ali ao mesmo tempo e rapidamente. Quanto maior a estimulação, o cuidado e a atenção dos pais em relação a essas crianças em desenvolvimento e, no caso da migração da sociedade também, isso vai permitir o desenvolvimento de seres saudáveis”, explica a professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Ângela Uchoa. Ela destaca que o estresse e a desnutrição, além de aspectos afetivos, têm impacto no desenvolvimento da criança.

 

Na tentativa de mitigar os efeitos negativos da migração, o Unicef mantém os Espaços Amigos da Criança, onde as crianças recebem atendimento pedagógico e participam de atividades recreativas. Ao todo, 23 unidades estão em funcionamento no estado de Roraima e mais de 15 mil crianças e adolescentes já foram atendidos.

 

Em Pacaraima, bem próximo das instalações onde os adultos cuidam de questões burocráticas de documentação e identificação para poderem entrar no Brasil, dezenas de crianças cantavam, dançavam e brincavam sob o comando dos monitores da Visão Mundial, organização que apoia o Unicef nas ações.

 

Lá estava Sophia Valentina Curapiaca, 5 anos, que está com a mãe e os irmãos em Pacaraima enquanto aguarda as ações de interiorização para encontrar o pai, que já está morando em São Paulo. Ela lista as brincadeiras que gosta de fazer: jogar pelota (bola, em espanhol) e desenhar. “Aqui não tenho amigos, meus amigos ficaram na Venezuela. Mas brinco com meus irmãos”, diz Sophia.

 

A venezuelana Sorimar Tremária atua como professora social no espaço do Unicef há dois anos. Na Venezuela, trabalhava como enfermeira e educadora, mas viu-se obrigada a deixar o país em razão da crise econômica: seu salário chegou a valer apenas R$ 8.

 

“Nosso espaço é chamado pela nossa equipe de espaço da alegria. Porque as crianças esquecem toda realidade da Venezuela, aqui é outro mundo. Só um lápis de cor e um papel fazem a diferença para eles. Eles nos falam: ‘tia é difícil encontrar uma folha para escrever na Venezuela e vocês dão para nós, fazemos atividades’, coisas que na Venezuela não se faz porque é muito caro um lápis”, exemplifica Sorimar.

 

Apesar dos efeitos negativos dessas privações no desenvolvimento infantil, a professora Ângela Uchoa destaca que há um grande poder de recuperação das crianças em razão da plasticidade do cérebro. “Mesmo tendo passado por situações estressantes, o potencial de recuperação do ser humano é imenso e a gente tem que sempre apostar nesse potencial. É a resiliência, é a capacidade de resistir”, analisa Uchoa.

 

Quando a nossa equipe de reportagem visitou o BV8, as crianças ensaiavam uma coreografia para apresentar na festa do Dia das Crianças, organizada pela coordenação da operação. Perguntado sobre o que gostaria que os adultos fizessem pelas crianças imigrantes e refugiadas, Diego resume com a simplicidade de quem só tem 10 anos, mas já carrega uma história dura para contar: “Eu quero que todas as crianças tenham roupas, chinelos, vivamos a vida feliz e quando formos grandes tenhamos estudo aqui no Brasil. Sejamos homens de bem”, diz.

 

Ag Brasil

TJCE tem recorde de 49 sentenças de adoção em setembro

A quantidade de sentenças julgadas em um único mês é inédita para as Varas da Infância e Juventude de Fortaleza, segundo Alda Maria Holanda Leite, titular da 3ª Vara. Os documentos foram entregues na véspera do Dia das Crianças

 

 

Dia das Crianças será especial para dezenas de famílias

 

O presente ideal do Dia das Crianças chegou de véspera para o pequeno Arthur, de 5 anos. No colo do pai, o coordenador de distribuição Luciano da Silva, ele chegou ao Fórum Clóvis Beviláqua, na manhã de sexta-feira (11), para receber o mandado de inscrição de sentença de adoção, oficializando sua chegada à nova família.

 

Arthur faz parte do grupo de 52 famílias ansiosas pelo documento, necessário para efetuar o novo registro de nascimento da criança em cartório. Desta vez, incluirá os nomes do pai e/ou da mãe adotivos. O número de sentenças julgadas em setembro foi um recorde para as Varas da Infância e Juventude de Fortaleza: foram 49 em um único mês. As três sentenças restantes foram julgadas em outubro.

 

“Nós somos do Rio Grande do Sul, e a gente tinha decidido adotar há uns 10 anos. Já tínhamos um processo lá em andamento e, quando eu fui transferido pela minha empresa para Fortaleza, nós resolvemos reativar o processo aqui, onde teve um fluxo bem rápido”, explica Luciano.

 

Família completa

O contato com o filho começou há seis meses, após uma ligação do Fórum para falar do histórico de Arthur e propor um primeiro encontro. A receptividade nos primeiros contatos foi mútua. “A gente conseguiu completar a nossa família, era o que faltava pra gente. Ele já é nosso filho, não tenho dúvida nenhuma. Agora, é só viver. O nosso coração pertence a ele”, afirma.

 

O Fórum Clóvis Beviláqua e a Coordenação das Varas da Infância e Juventude adotaram medidas para acelerar as ações referentes à adoção, como a alteração das chefias da Coordenadoria de Processos Administrativos e Judiciais, da Seção de Coordenação de Equipes de Manutenção de Vínculo e Adoção, e do Cadastro de Adotantes e Adotandos.

 

Durante a solenidade no Fórum, um ursinho de pelúcia foi entregue junto a cada mandado de inscrição. Os brinquedos foram doados por servidores e juízes, que aderiram à campanha promovida pela 3ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza em homenagem ao mês das crianças. “É uma forma de registrar o afeto presente em cada adoção. Conseguimos os 52 ursinhos, um pra cada adotando”, diz a juíza Alda Maria Holanda Leite, titular da 3ª Vara.

 

Ela explica que, com a nova certidão de nascimento, as crianças terão acesso a todos os direitos hereditários e ao nome da família. “Quem quiser adotar deve procurar o Fórum, no setor da Infância e Juventude. Deve buscar o Sistema Nacional de Adoção, se inscrever nesse cadastro e entrar na fila de espera pela criança ou adolescente do perfil escolhido”.

 

Nascimento

Um curso de preparação psicossocial e jurídica para adoção também precisa ser feito pelos futuros pais da criança. O adotante é avaliado por um psicólogo e um assistente social e, uma vez habilitado, aguarda uma criança compatível com o perfil solicitado. “Ter uma família significa sair da escuridão e ir para a luz. Ninguém nasceu para viver em um abrigo”, afirma a juíza.

 

Para a advogada Ilda Antuarte, mãe de Arthur, o momento de entrega do mandado só pode ser descrito como “especial”. “A gente esperou muito por isso. Vai ser o nascimento dele na nossa vida, oficialmente”. O primeiro Dia das Crianças com o filho será celebrado com uma visita ao shopping, para comprar um presente da escolha de Arthur. “Para nós, o presente é ele”, comemora.

 

DN

O IVA em Granja está com Inscrições abertas para o vestibular 2020.

O IVA em Granja está com Inscrições abertas para o vestibular 2020.1 até dia 19/11.

 

O Instituto de Estudos e Pesquisa do Vale do Acaraú – IVA, está com inscrições abertas para o vestibular 2020.1 em Granja para o Curso de Letras – Português. Curso certificado pela Universidade Vale do Acaraú -UVA.

 

As inscrições vão até o dia 19 de novembro, e podem ser feitas pelo site www.ivaeduca.com.br ou com Fernando Angelim de forma presencial.

 

Nasa lança satélite Icon para estudar fronteira com o espaço

 

 

A agência espacial norte-americana( Nasa) lançou um satélite na noite dessa quinta-feira (10) para explorar a misteriosa região dinâmica onde o ar encontra o espaço, a ionosfera.

 

O satélite, chamado de Icon – Ionospheric Connection Explorer – foi lançado, após um atraso de dois anos, por um avião que sobrevoava o Atlântico na costa da Flórida.

 

O Icon vai estudar o brilho aéreo formado a partir de gases na ionosfera e também medirá o ambiente carregado em torno do satélite, a 580 quilômetros de altura.

 

Há muita atividade que necessita ser estudada na ionosfera, uma das camadas da atmosfera terrestre, “a fronteira com o espaço”, disse o diretor da Divisão de Heliofísica da Nasaa, Nicola Fox.

 

O Icon “é um laboratório de física notável”, afirmou o cientista Thomas Immel, da Universidade da Califórnia em Berkeley, que supervisiona a missão.

 

Um satélite da Nasa lançado no ano passado, o Gold, também estuda a atmosfera superior, mas a partir de um patamar mais elevado.

 

Estão previstas mais missões nos próximos anos para estudar a ionosfera, inclusive pela Estação Espacial Internacional.

 

Ag Brasil