Diante de alta de homicídios, SSPDS planeja 20 operações por mês

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Um dia depois de divulgar aumento de 37,6% nos casos de homicídios em todo o Ceará, o Governo do Estado apresentou reações em duas frentes. Em Salvador, Camilo Santana (PT) e outros governadores do Nordeste cobraram, em carta, repasses do Governo Federal a criação do Plano Nacional de Segurança. Já no Ceará, órgãos da Secretaria da Segurança Pública realizaram três operações: em Camocim, em Fortaleza e em Aquiraz. Neste último município, a operação ocorreu na manhã de ontem na Comunidade dos Treze, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

 

O titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, admitiu que a operação denominada “desintoxicação” foi provocada pelo aumento dos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) no Estado. Ele planeja uma média de 20 operações com mandados de busca e apreensão por mês, em todo o Estado. À noite, como não é legalizado o cumprimento de mandados, o gestor deve investir em blitze e intensificação nas abordagens.

 

“Isso traz um impacto muito positivo. Vamos ter redução de homicídios, assaltos e comércio de drogas. A gente precisa muito da Polícia Civil, com trabalho de investigação e inteligência”, planeja o secretário. Com atuação de 250 agentes da segurança pública, a ação na Comunidade dos Treze ocorreu no início da manhã, às 5 horas, e foi comandada pela Delegacia de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD).

 

Oito pessoas foram capturadas. Quatro delas já com mandados judiciais expedidos pela Justiça, acusadas de envolvimento com o tráfico de drogas na comunidade. Outros dois homens foram presos por porte ilegal de arma e dois adolescentes apreendidos por estar com simulacro de revólver e drogas.

 

Mandados coletivos

 

Para a operação, foi expedido um mandado de busca e apreensão coletivo, que abrange todas as residências de um determinado perímetro. No caso da operação de ontem, 250 casas foram vistoriadas pelos policiais. “A gente indica à Justiça qual é a área (da investigação) e os alvos em potencial, mas o trabalho ficaria incompleto se não conseguisse revistar todas as casas”, argumenta André Costa.

 

Segundo ele, os acusados usavam as casas dos moradores da comunidade para esconder armas e drogas. “A ação da Polícia foi cortês nesses casos. Para cidadão de bem, a gente tem que trabalhar como servidores, mas para bandidos, a gente é autoridade. Tem que impor respeito”, separa.

 

De acordo com o coordenador da Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol), delegado Fernando Menezes, a investigação da delegacia de Aquiraz, a partir das denúncias de tráfico, identificou o perímetro em que o fluxo de entorpecentes era maior. Conforme o organizador, essa operação seria semelhante à Nômades, que já foi realizada na comunidade Muro Alto, na Sapiranga, e no bairro Serviluz.

 

O Povo

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