O País tem, atualmente, 30 siglas e, com o endurecimento da legislação que proíbe o troca-troca de partidos, políticos procuram uma sigla nova para se filiar e escapar da lei. Grupos de militantes políticos estão organizados no Brasil para criar novos partidos. A mobilização começa com articulações de quem já exerceu mandatos ou disputou eleições e quer ser dono do próprio nariz. A ex-candidata a presidente da República, Marina Silva, que saiu das eleições de 2010 com excelente capital eleitoral, está criando o seu próprio partido e, em 2014, sem depender dos caciques que controlam as siglas, disputará a sucessão da presidente Dilma Rousseff. Outro exemplo de político que não quis ficar nas mãos de terceiros foi o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que, em 2011, refundou o PSD e atraiu mais de 40 parlamentares federais para a nova agremiação. A sigla deve estar presente, no mínimo, em nove estados para ser criada. Um Ceará é base, também, para alguns dos novos partidos. A legislação tem uma brecha que permite aos políticos que exercem mandatos saírem para um novo partido sem perda do mandato. Se a troca for para outra sigla existente, o mandato desse político pode ser cassado. A chamada janela aberta da legislação permititiu a hemorrogia de deputados federais e estaduais para o PSD de Gilberto Kassab e abre hoje o cenário para criação de, pelo menos, 31 nobvos partidos. Um dos critérios para criação do novo partido é que a o pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seja acompanhado por, pelo menos, 500 mil assinaturas. Um dos novos partidos em articulação é o Partido da Educação e Cidadania (PEC). Muitos partidos estão de olho, também, nas verbas do Fundo Partidário que, em 2012, distribuiu R$ 350 milhões.
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