Na noite de domingo, 20, por volta das 20h30, a polícia registrou um “suposto sequestro” na orla da Beira-Mar do distrito de Bitupitá, em Barroquinha. De acordo com as informações apuradas pelo blog Camocim Polícia 24h, indivíduos armados desembarcaram de um veículo semelhante a uma Hilux (cor escura), em frente ao Restaurante Leste-Mar. Sob ameaças, renderam um homem identificado como Daniel Matos, 25 anos, sem antecedentes criminais. forçando-o a entrar no veículo, que em seguida deixou o local em alta velocidade.
As polícias Militar e Civil já estão mobilizadas e realizam buscas para localizar a vítima. A Polícia pede a colaboração de todos os moradores e frequentadores da área para qualquer informação que possa ajudar na localização da vítima. Se você viu algo suspeito ou tem qualquer informação relevante, por favor, entre em contato imediatamente pelos números 190 (Polícia Militar) ou 181 (Disque-Denúncia). Lembre-se, sua identidade será mantida em sigilo absoluto.
As férias de julho são um período de movimento nas rodovias quando as famílias saem em viagem. Esse aumento da circulação de veículos nas estradas também eleva o risco de acidentes. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, o número de acidentes nas estradas federais aumenta cerca de 20% durante os períodos de férias.
No Ceará, as atenções se voltam para pontos críticos em trechos de rodovias federais, Segundo o policial rodoviário federal, Werisleyk Matias, objetivo é garantir a segurança viária e a fluidez do trânsito nas estradas, com foco na redução dos índices de acidentes.
Entre as principais infrações cometidas por motoristas, estão no foco da PRF as ultrapassagens indevidas, embriaguez ao volante, não utilização do cinto de segurança, transporte inadequado de crianças, falta de uso do capacete por motociclistas, excesso de velocidade e utilização do telefone celular ao dirigir, entre outras.
Evento é considerado patrimônio cultural do país pelo Iphan
Pelo terceiro ano seguido, o boi Caprichoso é o campeão do Festival de Parintins. Na apuração realizada no Bumbódromo, o Caprichoso saiu na frente com as notas da primeira noite de apresentações, chegou a empatar com o boi Garantido nas notas da segunda noite, mas se tornou vencedor com 1.259,3 pontos após a apuração das notas da terceira noite de apresentação.
Com o resultado, o Garantido mantém um jejum que dura desde 2019. Em 2020 e 2021 não houve festival em razão da pandemia de covid-19. O boi terminou a apuração com 1259,2 pontos, um décimo abaixo do campeão.
Considerado patrimônio cultural do país pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o evento está ligado à tradição cultural do Boi-Bumbá. A manifestação popular gira em torno de uma lenda sobre a ressurreição do boi. No Caprichoso, a cor principal é o azul, mas a torcida também se veste com tons claros de azul, verde escuro, verde mar, violeta, roxo e lilás. No Curral Zeca Xibelão, casa do boi, não são permitidas as cores do concorrente.
O vermelho é a cor principal do Garantido, mas nas cores complementares também utiliza tons avermelhados claros, laranja, rosa claro e escuro, rosé e terracota. No Curral Lindolfo Monteverde, não são permitidas as cores do rival. As baterias também têm designações diferenciadas. No Garantido, é a batucada, e no Caprichoso, a marujada.
Boi Caprichoso na segunda noite do Festival de Parintins 2024
Fernando Frazão/Agência Brasil
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Temas
O boi Caprichoso foi para a Arena com o tema Cultura – O Triunfo do Povo. “No princípio, as deusas e deuses criaram Parintins, território sagrado de encantarias e mistérios. Suas gentes, expressão divina da criação, passaram a ser dotadas de saberes e fazeres específicos, um talento cuja vocação se faz presente em cada gesto e em cada canto, em cada palavra e sorriso, um brado de luta e emancipação”, diz o site do Caprichoso.
“O tema é muito baseado na narrativa do triunfo da vitória da cultura popular”, destacou o presidente do Caprichoso, Rossy Amoedo.
Em 2024, o tema do Garantido foi “Segredos do Coração”, falando de origem e ancestralidade. Segundo o presidente Fred Góes, o boi vermelho quer mostrar o que a Amazônia é e como surgiu, contada a partir do mito do povo indígena Sateré-Mawé.
“Esse mito nos remete à Amazônia intacta, sendo ainda a floresta, os animais e os habitantes chegando. É essa Amazônia que queremos mostrar que está sendo degradada. Por que a gente quer mostrar essa origem? Ela está no mito Sateré-Mawé e também está na história geológica da Amazônia. É um mito simples, mas os Sateré-Mawé dizem que aqueles que estão nos nossos olhos, temos que ter cuidado. É um segredo que deixamos de olhar com mais carinho. É esse carinho que estamos pedindo para que a gente tenha um olhar com essa Amazônia”, contou.
Pouco antes da apuração, o secretário de de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, disse que o festival é uma celebração da identidade do povo amazônida. “Aqui não é só a festa pela festa, estamos falando de representatividade da cultura do amazonense, do amazônida, da Amazônia, de geração de emprego e renda, de oportunidades, de economia aquecida, de promoção do estado. É um festival que, como se diz popularmente, rende o ano todo”, disse.
*O fotógrafo da Agência Brasil viajou à convite da Petrobras, patrocinadora do Festival de Parintins.
Hoje, a Prefeitura de Chaval, em parceria com a Secretaria de Esporte e Lazer, inaugurou a Areninha Esportiva Manoel Nunes Machado, no distrito de Carneiro. A solenidade contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o Deputado Estadual Romeu Aldigueri, o Secretário de Esportes do Estado, Rogério Pinheiro, e o Assessor Especial da Casa Civil, Artur Bruno. As autoridades destacaram a importância do novo espaço para promover a prática esportiva e a convivência social entre os moradores.
Guilherme Arana e Éder Militão estão confirmados no time titular
A noite é de estreia da seleção brasileira masculina de futebol na fase de grupos da Copa América, em Los Angeles (Estados Unidos). O Brasil encara a Costa Rica a partir das 22h (horário de Brasília) desta segunda-feira (24), no SoFi Stadium, em Inglewood. A seleção está na chave D, que tem ainda Paraguai e Colômbia. A competição reúne ao todo 16 seleções.
Durante coletiva no domingo (23), o técnico Dorival Júnior adiantou algumas novidades no time titular, em relação à equipe que enfrentou os Estados Unidos no último dia 12. O treinador optou por escalar Guilherme Arana na lateral esquerda, antes com Wendell, e Éder Militão na zaga, na posição que era Lucas Beraldo.
“Nós fizemos sim algumas mudanças, da base e dos dois jogos iniciais, que foram importantes para ver como os jogadores se encaixariam. Foram fundamentais esses treinamentos, onde nós pudemos testar mais nomes. A escalação inicial é justamente essa, com Militão e Arana, e com Alisson, em relação aos primeiros jogos dessa convocação” explicou Dorival, que assumiu o comando da seleção há pouco mais de cinco meses.
A preparação para Copa América começou no fim de maio, na Califórnia (EUA). Além dos treinamentos, o Brasil disputou dois amistosos. No primeiro, ganhou por 3 a 2 do México, no Texas, em 8 de junho, e quatro dias depois ficou no 1 a 1 com os Estados Unidos, em jogo disputado no estado do Texas.
A seleção busca o 10° título na Copa América. Na última edição, realizada no Brasil em meio à pandemia de covid-19, o escrete canarinho foi superado por 1 a 0 na final contra a Argentina, que levantou a taça pela 15ª vez (o país é o maior campeão ao lado do Uruguai). O Brasil conquistou as edições de 2019, 2007, 2004, 1999, 1997, 1989, 1949, 1922 e 1919.
Capitão da seleção, o lateral Danilo é um dos mais experientes do renovado elenco brasileiro: dos 26 convocados, 19 jogadores são estreantes no torneio continental.
“Esperamos cumprir com as expectativas, não do jogo bonito, isso fica para imprensa e torcida, mas das vitórias. Se for possível jogar bonito, que seja, senão que vença com determinação”, disse o lateral, que atua na Juventus (Itália) e há mais de 10 anos veste a amarelinha.
A seleção brasileira deve ir a campo contra a Costa Rica com Alisson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Guilherme Arana; Bruno Guimarães, João Gomes e Lucas Paquetá; Raphinha, Rodrygo e Vinicius Júnior.
O Deputado Romeu Aldigueri expressou sua imensa gratidão aos colegas parlamentares por tê-lo eleito como o 2º deputado estadual mais influente do estado pelo segundo ano consecutivo, conforme revelado pelo Anuário do Ceará 2024.
Em sua mensagem de agradecimento, o deputado destacou a grande honra e satisfação que é receber esse reconhecimento, que traz consigo mais responsabilidades e missões. “É uma grande honra e satisfação receber esse reconhecimento que nos traz mais responsabilidades e missões, para cada dia melhorar o nosso desempenho como parlamentar”, afirmou Aldigueri.
Ele ressaltou que esse resultado apenas reforça seu compromisso de continuar trabalhando arduamente em prol de todos os cearenses. “Esse resultado só reforça o meu compromisso de continuar trabalhando arduamente em prol de todos os cearenses”, disse ele.
Aldigueri também agradeceu a todos que confiam em seu trabalho e contribuem para o sucesso de sua jornada. “Agradeço a todos que confiam em meu trabalho e contribuem para o sucesso dessa jornada. Seguirei dedicado a servir e bem representar toda nossa população”, concluiu o deputado.
Lula participará da inauguração do módulo III do residencial Cidade Jardim, em Fortaleza
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará no Ceará no próximo dia 20 de junho. O anúncio foi feito nesta terça-feira (11), pelo governador Elmano de Freitas (PT). Segundo o cearense, Lula participará da inauguração do módulo III do residencial Cidade Jardim, em Fortaleza.
O empreendimento conta com 416 apartamentos e vai beneficiar cerca de 1,6 mil pessoas.
Esta será a terceira vez que o chefe do Executivo nacional visita o Ceará neste ano. Em janeiro, o petista participou do lançamento da pedra fundamental do novo campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), na Base Aérea de Fortaleza.
Em abril, em nova visita, ele esteve em Iguatu, no Centro-Sul, para a assinatura da ordem de serviço do ramal do Salgado.
Lula no Ceará! O presidente confirmou que estará em nosso estado no dia 20 de junho. Ele participará da inauguração do módulo III do residencial Cidade Jardim, em Fortaleza, entre outras agendas. (+)
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, ao lado do deputado Romeu Aldigueri anunciou a pavimentação da estrada que liga as comunidades de Córrego da Forquilha 2, Córrego da Forquilha 3 e Mangue Seco. Esta obra atende a uma antiga demanda da população local e dos visitantes que frequentam a região.
Segundo o deputado Romeu Aldiguer, essa conquista é resultado de um esforço conjunto e da “incansável interlocução do prefeito Lindbergh Martins, que trabalhou arduamente para tornar essa melhoria uma realidade”.
A nova infraestrutura facilitará o deslocamento e promoverá o desenvolvimento econômico da região, conhecida por suas belezas naturais e crescente fluxo turístico.
“Essa é uma grande notícia para nossa comunidade. Agradecemos ao governador Elmano de Freitas por seu compromisso e carinho com o povo de Jijoca de Jericoacoara,” declarou Romeu Aldigueri. A obra representa um avanço importante para a região, trazendo mais segurança e comodidade para todos que utilizam essa rota.
A pré-campanha da oposição em Jijoca de Jericoacoara está se destacando de uma maneira lamentável: insistindo em propagar falsidades sobre o desenvolvimento do Parque Nacional de Jericoacoara. O portal “Fak News”, impulsionado pelo grupo liderado por Leandro Sousa, está fazendo de tudo para implantar a ideia de que o Patrimônio Natural foi vendido, quando, na realidade, o que ocorreu foi uma concessão do Governo Federal, válida por 30 anos, para uma empresa com vasta e bem-sucedida experiência. Esta concessão certamente trará melhorias ao setor turístico no Parque, impulsionando o desenvolvimento além dos limites de Jijoca.
Enquanto isso, a administração do prefeito Lindbergh Martins está intensificando os trabalhos de infraestrutura, realizando reformas e construções de novos equipamentos, além de promover concursos públicos. Com índices estaduais excelentes na educação e na saúde, além de resultados positivos no esporte e na cultura, a gestão de Lindbergh tem sido premiada como uma das melhores do Ceará.
Paralelamente a isso, o pré-candidato apoiado por Lindbergh e pelo deputado Romeu, Márcio Aldigueri, está conduzindo sua pré-campanha junto à população da sede e da zona rural. Ele está ouvindo suas demandas e apresentando projetos em constante diálogo com diversos setores representativos da sociedade.
Água da enchente baixou, mas rastro de destruição ainda é obstáculo
A catástrofe climática no Rio Grande do Sul ainda está longe de terminar para o povo gaúcho, que vive agora os efeitos prolongados da devastação causada pelas enchentes e inundações. No dia em que o decreto que reconheceu a calamidade pública completa um mês, ainda há 37,8 mil pessoas em abrigos e mais de 580 mil fora de casa. Quem conseguiu voltar para casa encontrou um cenário de absoluta destruição e perdas inestimáveis.
A catadora de material reciclável Claudia Rodrigues, 52 anos, que mora na região da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, voltou há menos de dois dias para casa. Antes, ela passou quase quatro semanas acampada à beira da rodovia Freeway, que corta a cidade pela zona norte, em uma cena que se tornou comum na região metropolitana. A rua ainda está alagada na altura dos calcanhares, mas dentro de casa a água baixou completamente, revelando um ambiente repleto de lama, ratos mortos, móveis revirados, eletrodomésticos perdidos.
“A dor que eu estou sentindo não tem como explicar, uma mágoa. Olhar para o teu próprio lar e ver um nada. A gente se vê na escuridão. Mas eu creio que vai dar certo e que isso é passageiro, só que até as coisas se ajeitaram é complicado”, desabafa.
Moradora da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, Claudia Rodrigues perdeu móveis e o fogão na inundação. Foto: Claudia Rodrigues/Arquivo Pessoal
Ela só conseguiu voltar para casa porque o terreno tem um desnível e a parte do quarto, que fica acima, não foi alcançada pela água, preservando apenas a cama e o guarda-roupas. Com tanta sujeita e camadas de lama e entulho acumulada, a limpeza deve levar vários dias. Outro problema é o comprometimento da estrutura do imóvel. Claudia notou que as paredes estão com rachaduras e a laje está se soltando. Sem o fogão, destruído pela inundação, ela está dependendo da doação de quentinhas para se alimentar. A energia no bairro só foi religada na manhã deste sábado (1º).
Em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, a autônoma Andressa Pires, 31 anos, mãe solo de três filhos, ainda não conseguiu voltar para casa. Ela vive com os filhos, os irmãos, uma cunhada e os pais em um terreno grande com três casas, no centro da cidade. Eldorado do Sul teve praticamente 100% da área urbana inundada.
“Tá tudo muito úmido em casa, o pátio ainda está sujo e com muita lama para conseguir levar meus pais e as crianças de volta ao lar”, conta. A reportagem da Agência Brasil esteve com Andressa no dia 22 de maio, quando ela estava já no quarto dia de limpeza da casa. Outro problema, segundo ela, é que nem todo o comércio da cidade voltou ao normal, então não há padarias, farmácias nem mercados próximos. Andressa e os familiares fazem parte da estatística das pessoas desalojadas. Eles estão na casa de parentes em Charqueadas, município vizinho.
Vale do Taquari
No Vale do Taquari, que sobreviveu a três enchentes, sendo a do mês passado a pior de todas, o momento ainda é de recuperação do básico. Um dos epicentros da tragédia foi o pequeno município de Muçum, com seus 4,8 mil habitantes. Cerca de 80% da área urbana foi inundada. A prefeitura calcula que vai precisar realocar cerca de 40% dessa área para outros locais seguros contra enchentes e deslizamentos, que também causaram danos e bloqueios de estradas.
“O município de Muçum está no momento ainda de limpeza urbana, de desobstrução de vias e de condições de trafegabilidade, principalmente para o pessoal do interior [zona rural]. A gente destaca que algumas propriedades do interior do município ainda não têm energia elétrica e que o trabalho é intenso para poder devolver essa condição para esses moradores, que é o mínimo que eles podem ter para conseguir restabelecer sua produção. [Aqui] tem muitos produtores de leite que estão, infelizmente, tendo que jogar fora sua produção por falta de condições e também de acesso. E isso tem sido o foco principal do nosso trabalho”, explica o prefeito do município, Mateus Trojan (MDB), em entrevista à Agência Brasil.
Segundo Trojan, a continuidade das chuvas, mesmo após a baixa do Rio Taquari, que chegou a subir mais de 25 metros, acabou prejudicando os esforços de recuperação da infraestrutura.
O Vale do Taquari compreende dezenas de municípios na região central do Rio Grande do Sul, com forte presença da agricultura familiar e uma agroindústria pujante. Um dos desafios é conseguir reter empresas e empregos na região, que começa a sentir os efeitos da devastação. “O processo, agora, é gradativo pela recuperação das empresas, do comércio, do setor primário como um todo. As lavouras foram muito prejudicadas sem os acessos, gerando custos maiores de produção, mas são coisas que também ao longo das semanas a gente vai buscando amenizar os impactos, buscando alternativas de linhas de crédito e de incentivos para que a gente possa reverter essa situação e recuperar todo o nosso setor produtivo”, acrescentou Trojan.
Região Sul
Enquanto a água das inundações no Vale do Taquari e na região metropolitana de Porto Alegre baixaram, na Região Sul do estado os alagamentos ainda persistem. Em Pelotas, por exemplo, cerca de 4 mil moradores da Colônia Z3, uma comunidade de pescadores artesanais às margens da Lagoa dos Patos, estão com as casas inundadas.
“A água estabilizou, não encheu mais, o que é um bom sinal. E começa a baixar. As coisas vão se normalizar, mas vai levar um tempo. Tem muita gente em abrigo, na casa de parentes, cerca de 70% dos moradores desalojados”, estima o presidente do Sindicato dos Pescadores da Colônia Z3, Nilmar Conceição. A preocupação segue sendo uma crise econômica prolongada para o setor pesqueiro de toda a região sul do estado, que abrange municípios como Pelotas, Rio Grande, São José do Norte e São Lourenço, já que a perspectiva dos pescadores artesanais é que a lagoa não renda mais pesca este ano, mesmo após o período do seguro-defeso.
O município de Muçum, no Vale do Taquari, foi devastado pelas águas. Cerca de 40% da área urbana terá que ser realocada. Foto: @andreconceicaoz_ / @colli.agenciacriativa
A Lagoa dos Patos recebe as águas que vêm do Lago Guaíba, em Porto Alegre, e de outros afluentes. No último dia 29 de maio, o nível da água estava 2,20 metros, mais baixo do que medições anteriores. Já o canal São Gonçalo, um canal natural de 76 quilômetros (km) que liga a Lagoa dos Patos à Lagoa Mirim, passando pela área urbana de Pelotas, estava com inundação de 2,86 metros, bem abaixo dos 3,13 metros que havia chegado na semana passada, o maior volume da história. O canal é fonte de preocupação porque há um dique de 3 metros protegendo cerca de cinco bairros com mais de 40 mil pessoas.
Serra Gaúcha
Outra região do estado atingida pelas enchentes também tenta se recuperar após um mês da tragédia. Gramado, na Serra Gaúcha, que registrou deslizamentos de terra, bloqueio de estradas e mais de 1 mil desabrigados, retomou a atividade turística. A cidade é o principal destino turístico do Rio Grande do Sul.
“Todos os atrativos reabertos. Muitos hotéis com boa ocupação. Ainda não é o normal, estamos um pouco longe disso, mas é um respiro em meio a isso tudo”, disse à Agência Brasil o secretário de Turismo do município, Ricardo Bertolucci Reginato.
Ações de reconstrução
No dia 17 de maio, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou a criação do Plano Rio Grande, iniciativa estadual destinada a reparar os danos causados pelas enchentes.
O plano prevê ações em três frentes. A primeira, com ações focadas no curto prazo, prioriza a assistência social; a segunda envolve ações de médio prazo, como empreendimentos habitacionais e obras de infraestrutura; e a terceira prevê ações de longo prazo, como um plano de desenvolvimento econômico mais amplo.
Já o governo federal, entre liberação de recursos, antecipação de benefícios e outras ações destinou até o momento R$ 62,5 bilhões. Entre outras medidas para prestar assistência às famílias, foi criado o Auxílio Reconstrução, que pagará R$ 5,1 mil a cada família em parcela única. Também foi anunciado o adiantamento do Bolsa Família para os beneficiários, a liberação do FGTS para 228,5 mil trabalhadores em 368 municípios, além da restituição antecipada do imposto de renda para 900 mil pessoas.