Depois de vários medidas anunciadas em cerimônias no Palácio do Planalto para proteger os agricultores, a presidente Dilma Rousseff preferiu lançar o plano safra do semiárido no Nordeste. É nessa região que a inflação de alimentos subiu mais do que em outras capitais, nos últimos 12 meses, e ameaça corromper a popularidade de Dilma. Os dados sobre inflação analisados pelo Planalto têm base estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos últimos 12 meses. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possível adversário de Dilma na eleição presidencial de 2014 tem forte popularidade. “Quando lançamos o plano safra da agricultura familiar temos vários compromissos, mas o mais importante é a certeza que nos move de que a agricultura familiar pode ser, sim, uma alavanca da emancipaçã”, afirmou Dilma. A presidente disse que o Plano Safra de Agricultura Familiar 2013/2014 tem R$ 21 bilhões disponíveis, um crescimento de 17% em relação ao anterior. Há dez anos, segundo ela, o programa tinha verba de R$ 400 milhões. Dilma garantiu que não faltarão recursos para a agricultura familiar. Ela afirmou que os juros do programa, entre 1,5% e 3,5%, são compatíveis com a capacidade e importância do setor. Ela lembrou que essas taxas são negativas, pois são inferiores à inflação. “Temos consciência de que o plano não pode ter apenas ações de crédito, mas outras ações também são importantes”, afirmou.
Nova estatal
O governo federal anunciou ainda a criação de mais um órgão na estrutura federal. Trata-se da Anater (Agência de Assistência Técnica e Extensão Rural). O órgão terá função similar às empresas estaduais de assistência rural (Emater), A nova estatal será criada por meio de um projeto de lei, que ainda será enviado pelo governo ao Congresso. Segundo o ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), a estatal deverá agregar 130 funcionários, em um investimento de R$ 1,3 bilhão previsto para o Orçamento de 2014. (com agências)