Eleição de 2024 acelera articulações de lideranças partidárias; PT trabalha para eleger mais de 50 prefeitos, enquanto PDT tende a sofrer sangria nas urnas

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Lideranças estaduais do PT, PDT, PL, PSD e União Brasil largaram na frente para ampliar bases nos municípios da Grande Fortaleza e do Interior do Estado e montar as candidaturas às Prefeituras de Câmaras de Vereadores em 2024.

O PDT que, em 2020, elegeu 66 prefeitos, criou um grupo de trabalho para avaliar o quadro pré-eleitoral em cada município e traçar um diagnóstico sobre os nomes que pretendem concorrer à eleição ou à reeleição na disputa pelas Prefeituras.

O racha na aliança com o PT em 2022 provocou uma crise interna no PDT que levou o partido a perder, no ano passado, prefeitos eleitos pela sigla nas eleições de 2020. Pelo cenário atual, a sigla não repetirá, nas eleições de 2024, os resultados do último pleito municipal, mas os prejuízos atuais são visíveis.

BASTIDORES NO JORNAL ALERTA GERAL

Os bastidores das articulações para as eleições de 2024 estão, nesta terça-feira, no Jornal Alerta Geral, com a participação do repórter Carlos Alberto e comentários do jornalista Beto Almeida.

DEFECÇÕES ESTANCADAS, MAS SANGRIA INEVITÁVEL EM 2024

A sangria de pedetistas só não está sendo maior porque, com a eleição do senador Cid Gomes para comandar a agremiação, os articuladores políticos do Palácio da Abolição passaram a desestimular a entrada de atuais prefeitos ou pré-candidatos do PDT para os quadros do PT ou de outras legendas sintonizadas com o Governo do Estado.

A leitura nos bastidores políticos é de que o PDT não repetirá nas próximas eleições a proeza obtida nas urnas as eleições municipais de 2020. Com força política nacional e estadual, o PT que, na eleição passada elegeu 18 prefeitos, se prepara para triplicar o número de gestores municipais.

JOIA DA COROA

O maior desafio do PDT, entre as 184 cidades do Ceará, é manter a Prefeitura de Fortaleza com o prefeito José Sarto ou mesmo com o ex-prefeito Roberto Cláudio.

A disputa será uma das mais acirradas das últimas eleições, com um componente adverso: em 2020, Sarto recebeu o apoio do então governador e hoje Ministro da Educação, Camilo Santana. Em 2024, Camilo, ao lado do governador Elmano de Freitas, estará no palanque do PT. Fora do palanque de Sarto estará, ainda, o atual presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão. Evando está de saída do PDT.

O PT trabalha com esse objetivo, sem qualquer perspectiva de, no primeiro turno, construir alianças com o PDT. Os pedetistas perderão ainda outro aliado: o PSD que, sob a liderança do ex-vice-governador Domingos Filho, abriu as portas para uma aliança com o PT.

A disputa pela Prefeitura da Capital terá, ainda, outras duas candidaturas de peso – uma, que já é antecipada, será do Capitão Wagner, do União Brasil, e a outra, a ser lançada pelo PL com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os movimentos dos partidos em direção às eleições municipais de 2024 estão bem distantes dos eleitores, mas presentes na agenda diária dos dirigentes partidários e pré-candidatos que querem conquistar uma Prefeitura ou uma vaga nas Câmaras de Vereadores.

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