Lucas Mateus vinha sendo monitorado por tornozeleira eletrônica há menos de um mês. Ele é suspeito de assassinar o próprio pai com requintes de crueldade
O Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu a prisão de um homem suspeito de assassinar o próprio pai a pauladas. Lucas Mateus Mesquita Moraes teria cometido o crime com requintes de crueldade na casa da vítima, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Lucas Mateus rompeu o sinal da tornozeleira eletrônica instantes após o homicídio, no último dia 5 de novembro. Ele vinha sendo monitorado pelo equipamento há menos de um mês, desde quando a Justiça decidiu soltá-lo em audiência de custódia devido a um roubo e aplicou o monitoramento como medida cautelar.
Alexandre de Abreu Moraes, pai do Lucas, estava em casa quando foi surpreendido pelo filho. A vítima se negou a abrir o portão da residência, mas Lucas pulou o muro do imóvel. Outra filha da vítima ouviu as pancadas e já encontrou o pai ensanguentado no chão, enquanto o irmão estava em pé, fumando e segurando um pedaço de madeira supostamente usado nas agressões.
A vítima foi socorrida ao Hospital Municipal de Caucaia, mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil do Ceará instaurou inquérito para apurar o caso. O promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto denunciou Lucas pelo homicídio e requereu a prisão preventiva.
CRIME ANTERIOR
No dia 14 de outubro de 2022, Lucas Mateus Mesquita teria assaltado uma farmácia, na Região Metropolitana. Consta em um documento que a reportagem teve acesso que o suspeito estava armado e roubou R$ 152 e um celular. Fugiu, mas foi localizado instantes depois por uma composição de policiais militares.
O MP pediu que a prisão em flagrante fosse convertida em prisão cautelar alegando que em liberdade “o autuado colocaria em risco a ordem pública”. Ao passar por audiência de custódia, o entendimento do juiz foi outro.
O juiz entendeu que apesar de haver prova da existência do delito e fortes indícios de autoria em desfavor do autuado, “não se faz presente o periculum libertatis do agente”. “Entendo que o benefício da liberdade provisória sem fiança pode e deve ser concedido”, considerou o magistrado ao dizer que o suspeito tinha bons antecedentes.
Para a soltura foi imposta medida cautelar de monitoramento eletrônico pelo prazo de seis meses. No dia seguinte ao roubo, Lucas já estava em liberdade.
Não demorou até que ele reincidiu e, desta vez, com crime de maior potencial ofensivo. Após ir até a casa do pai, Lucas teria pego a faca da mão de uma criança que comia manga e usado o instrumento para cortar a tornozeleira.
Ele teria dito a parentes que precisava fugir porque havia matado uma pessoa, mas naquele momento não citou que a vítima era o próprio pai. As autoridades localizaram a tornozeleira posteriormente.
DN