A Polícia Federal está nas ruas do Distrito Federal desde as primeiras horas desta terça-feira (23/5) em mais um desdobramento da Operação Lava Jato.
Dessa vez, os alvos são agentes públicos e ex-governadores, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do Governo do Distrito Federal. Há mandados de prisão contra os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), um dos principais operadores de Michel Temer.
A operação decorre de um esquema de propinas na construção do estádio Mané Garrincha e é baseada em delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez. A PF diz que a reforma do local pode ter sido superfaturada em cerca de R$ 900 milhões, visto que estava orçada em R$ 600 milhões mas custou R$ 1,575 bilhão.
O advogado de Arruda, Paulo Emílio, afirmou ao G1 que ainda está “tomando pé das circunstâncias”, mas que vai tentar revogar o mandado prisão. Segundo Emílio, o mandado é para prisão temporária, com prazo inicial de cinco dias. Ele informou que está indo ao encontro do ex-governador e, em seguida, à Superientendência da PF para “entender as razões de pedido de prisão”.
Segundo Emílio, o mandado é para prisão temporária, com prazo inicial de cinco dias. Ele informou que está indo ao encontro do ex-governador e, em seguida, à Superientendência da PF para “entender as razões de pedido de prisão”.
O G1 tentou contato com o advogado do ex-governador Agnelo Queiroz, mas não obteve respostas até o momento da publicação desta reportagem. A defesa do ex-vice governador Tadeu Filippelli, afirmou que “preferia não se pronunciar por enquanto”.
Na operação desta manhã, cerca de 80 policiais foram divididos em 16 equipes e devem ser cumpridos 10 mandados de prisão temporária, 3 de conduções coercitivas e 15 mandados de busca e apreensão. As medidas judiciais partiram da 10ª Vara da Justiça do DF e as ações ocorrem em Brasília.
O Povo