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Lula reacende os holofotes sobre o Pé-de-Meia e desafia críticas da elite financeira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dar visibilidade e força política ao Pé-de-Meia, programa que garante auxílio mensal de R$ 200 a 4 milhões de estudantes do ensino médio da rede pública. Criado durante a gestão do ministro da Educação Camilo Santana, o projeto tornou-se uma das principais vitrines sociais do governo petista.
No Ceará, o benefício já alcança cerca de 300 mil alunos.

O repórter Satiro Sales relata, em sua participação, nesta segunda-feira, no Jornal Alerta Geral, que, durante um aulão preparatório para o Enem, em São Bernardo do Campo (SP), no último sábado (18), Lula rebateu as críticas do mercado financeiro e defendeu a ampliação do programa. O presidente disse que a “elite econômica” considera o Pé-de-Meia um gasto, quando, na verdade, trata-se de investimento na juventude brasileira.

“A Faria Lima vai brigar com a gente, os banqueiros vão reclamar: ‘O governo está gastando bilhões com o Pé-de-Meia’. Nós não estamos gastando — estaríamos gastando se o dinheiro fosse para eles. Estamos investindo na sobrevivência da nossa juventude, do nosso povo periférico e negro, que muitas vezes não teve chance na vida”, afirmou Lula.

O presidente também defendeu a universalização do programa, argumentando que a renda das famílias não deve ser um fator excludente.

“Na mesma sala há um aluno que recebe o Pé-de-Meia e outro que não recebe, e às vezes a diferença é de 50 ou 100 centavos. Precisamos aprovar a universalização para que todos tenham o direito de estudar”, destacou.

Segundo dados do IBGE, cerca de 480 mil jovens deixavam os estudos para ajudar na renda familiar antes da criação do programa. Hoje, o Pé-de-Meia já contempla dois terços dos estudantes matriculados no ensino médio, sendo considerado pela equipe econômica do governo um instrumento decisivo no combate à evasão escolar.

Ao recolocar o tema no centro do debate, Lula reforça a dimensão social e simbólica do Pé-de-Meia: um investimento em capital humano, e não uma despesa — mesmo que, para isso, precise enfrentar o descontentamento da Faria Lima e dos setores conservadores da economia.

Ceara Agora

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