Morre o jornalista Paulo Henrique Amorim

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O jornalista foi vítima de enfarte

 

O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta-feira (10),aos 77 anos, no Rio de Janeiro. A esposa dele, Géorgia Pinheiro, confirmou que o marido teve um enfarte.

 

Seu último trabalho foi na TV Record, mas estava fora do ar desde o mês passado, quando foi afastado do programa Domingo Espetacular.

 

Paulo Henrique Amorim esteve em vários veículos de comunicação brasileiros, como Globo, a extinta TV Manchete, Bandeirantes e TV Cultura além das revistas Realidade e Veja. O jornalista deixa esposa e uma filha.

 

Nascido em 1942 no Rio, Amorim trabalhou em jornais, revistas, TV e sites de notícias. Na televisão, tornou famoso o bordão “boa noite, boa sorte”, com o qual se despedia do público. Com a característica voz aguda, iniciava suas aparições dizendo: “Olá, tudo bem?”.

 

Amorim foi estagiário no jornal A Noite em 1961. Nos anos seguintes, foi repórter das revistas Manchete e Realidade. Em 1972, recebeu o Prêmio Esso por uma reportagem sobre distribuição de renda, para a Veja.

 

Em 1974, foi promovido a editor-chefe da revista Exame. Depois, passou por cargos de direção no Jornal do Brasil (1976-1984) e na TV Manchete (1984).

 

De 1985 a 1996, trabalhou na TV Globo, como repórter, apresentador e correspondente em Nova York. Na década de 1990, também colaborou com a CNN.

 

Depois de deixar a Globo, teve passagens pelas TVs Bandeirantes e Cultura. No início dos anos 2000, comandou um programa no portal UOL.

 

O jornalista estava na Record desde 2003. No mês passado, ele havia sido afastado no mês passado do Domingo Espetacular, mas continuava contratado do canal. Ele apresentava o programa havia 13 anos.

 

Em nota, a emissora informou naquele momento que ele ficaria “à disposição de novos projetos”.

 

Amorim também mantinha na internet o blog Conversa Afiada, desde 2006, de conteúdo alinhado aos governos do PT nas gestões Lula e Dilma. Nos últimos anos, apareceu no noticiário também envolvido em processos judiciais por injúria e difamação.

 

Ele foi condenado no ano passado a pagar indenização de R$ 150 mil ao ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

 

O magistrado entrou com ação contra Amorim por causa de uma publicação na internet em que que ele anunciava o “lançamento comercial do ano”: um tal “cartão Dantas Diamond”, em referência ao banqueiro Daniel Dantas, que havia sido beneficiado por um habeas corpus do ministro, em 2008.

 

Também em 2018, o STF confirmou condenação ao apresentador por ter chamado o jornalista Heraldo Pereira, da TV Globo, de “negro de alma branca”. A Justiça considerou que ele cometeu injúria racial por causa da afirmação, feita em seu blog em 2009.

 

Amorim também lançou livros ao longo da carreira, entre eles “O Quarto Poder – Uma Outra História”, sobre a mídia no Brasil, e “De Olho no Dinheiro”, sobre economia.

 

DN

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