O lado ‘B’ da crise: nova forma de começar 2016

035O ano é novo, mas o ambiente econômico continua com velhos problemas: inflação, juros maiores, Produto Interno Bruto (PIB) em queda, desemprego, dólar em alta, rebaixamento da nota do Brasil em duas das três principais agências de classificação de risco, etc. Mesmo neste cenário adverso, dezenas de cearenses, que ficaram desempregados ou estavam numa situação instável no mercado de trabalho, enxergaram o lado “B” da crise: a oportunidade para empreender e começar 2016 apostando no crescimento de seus negócios

 

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Especialistas alertam que gestão é fundamental para quem busca empreender neste ou em qualquer momento. Mas os períodos de crise econômica, de certa forma, ajudam as empresas a criar processos, conter custos, inovar e ser mais criativas.

 

Exemplos

 

Empresários cearenses bem-sucedidos já tiveram que atravessar momentos difíceis na economia do País, mas viram os problemas sob uma outra perspectiva. “Não conseguimos vencer a crise ficando parados, reclamando ou esperando pelo governo. Nós que somos responsáveis pela economia do Brasil e temos o poder de fazer com que ela cresça”, afirma Deusmar Queirós, fundador e presidente da Pague Menos, a maior rede de farmácias do Brasil.

 

Segundo Deusmar, a atitude de quem abriu ou está iniciando um negócio em meio à instabilidade econômica do País é louvável. Para ele, o segredo para superar as dificuldades é apostar no negócio, acordar cedo, dormir tarde e trabalhar muito.

 

“Se não der certo, vale a pena apostar em outra coisa e não ter medo do futuro, do novo e dos desafios. Se cair, levanta. Se errar, conserta. Tem espaço para todo mundo empreender, precisamos acreditar em nossos sonhos”, orienta.

 

O presidente da Pague Menos destaca que não se pode pensar que, só porque estamos vivenciando um período econômico difícil, ninguém pode crescer. Se as previsões apontam para uma retração de 3% no PIB do Brasil, em 2015, isso não significa que todos os negócios tiveram queda no ano passado. “Assim como algumas empresas brasileiras vão ter caído 10%, outras vão ter crescido 10%. As previsões são apenas uma média”, observa.

 

Expansão

 

Deusmar conta que a Pague Menos demorou 34 anos para chegar onde chegou. Em 2015, a empresa abriu 100 lojas e fechou dez, ficando com um saldo de 90 unidades. “As que não vão para frente, que não dão lucro em três anos, a gente fecha. Não temos que dar bola para a crise. Prefiro nem me lembrar dela, só me lembro das coisas boas. Mas, em períodos como este, surgem grandes oportunidades”, comenta.

 

Outro bom exemplo é a rede cearense Mercadinhos São Luiz, que, ainda em 2014, havia planejado abrir duas lojas na capital cearense no ano passado, uma na Avenida Santos Dumont e outra no Shopping RioMar.

 

A empresa, porém, também inaugurou uma terceira unidade, no Alphaville Fortaleza, que foi uma oportunidade com parceiro. No total, são quinze lojas desde da inauguração do primeira estabelecimento, em 1972.

 

Processo de mudança

 

De acordo com o diretor-presidente dos Mercadinhos São Luiz, Severino Ramalho Neto, toda crise provoca mudanças que, na opinião dele, são necessárias a qualquer evolução. Um exemplo prático disso foi o aumento no valor da energia elétrica no Brasil, em 2015, obrigando muitos empresários a reduzir drasticamente o consumo.

 

Severino Neto lembra que esta não é a primeira e nem será a última crise do País. “Toda empresa precisa se reinventar. Se você fica na mesma, o mercado muda e você fica para trás”, alerta. O empresário incentiva os novos empreendedores dizendo que cada um deve acreditar na sua ideia e ter muito foco e disciplina. “Faça pesquisa de mercado e conheça o seu cliente. Se você acreditar naquilo que é bom, vai ter sucesso”, pontua.

 

Incentivo

 

“Tem espaço para todo mundo empreender, precisamos acreditar em nossos sonhos”

 

Deusmar Queirós, Presidente do Grupo Pague Menos

 

“Pesquise o mercado e conheça o seu cliente. Se você acreditar naquilo que é bom, vai ter sucesso

 

Severino Ramalho Neto, Diretor-presidente dos Mercadinhos São Luiz

 

Informações: DN

 

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