A presidente Dilma Rousseff promoveu ontem no Interior de São Paulo, ao lado de seu ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o Programa Mais Médicos. Padilha, petista que deverá enfrentar o tucano nas eleições estaduais de 2014, quer usar o programa federal como o palanque de sua campanha O Governo tenta levar profissionais a regiões carentes de atendimento. Para isso, vai até importar médicos de outros países: “A falta de médicos é problema nacional e que afeta até o Estado mais rico do País. Portanto, não faltará vontade política do meu governo para enfrentar esse problema”, afirmou a presidente. Os três participaram da inauguração da nova usina de biotecnologia e da expansão da indústria farmacêutica Cristália, em Itapira. “Em 700 municípios, não há um único médico, em 1.900 há menos de um médico por três mil habitantes. Aqui em São Paulo, 309 municípios aderiram, quase a metade dos 645 do Estado, e pediram mais de dois mil médicos. Esses números mostram que a falta de médicos é nacional”, afirmou Dilma. Sempre ao lado direito da presidente, tanto na visita à fábrica quanto no palco, Padilha foi o único dos três ministros presentes a discursar. Estavam presentes ainda os titulares da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e do Desenvolvimento, Comércio e Indústria, Fernando Pimentel. Na sua fala, brincou com o possível adversário: “Eu sempre brinco e o governador Alckmin também que um dia, talvez, alguém vá criar um produto que torne nós homens eternamente jovens e as mulheres nunca morrerão”, disse Padilha, usado uma gravata azul.
Corresponsáveis
Os gestores públicos, tutores e supervisores dos profissionais formados no exterior que vierem ao País pelo Programa Mais Médicos serão corresponsáveis por eventuais erros médicos praticados por esses profissionais. Foi o que alertaram o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os conselhos regionais da categoria. Em nota divulgada ontem, as entidades afirmam que “tais médicos estão passíveis de processos e penalizações de caráter ético-profissional, civil e criminal pelos atos praticados por participantes e intercambistas do Programa Mais Médicos”. (das agências de notícias)