Rocha Loures, ex-assessor de Michel Temer, é preso pela Polícia Federal

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A Polícia Federal informou que o ex­deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB­PR), aliado do presidente Michel Temer (PMDB), foi preso neste sábado (3), por determinação do ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex­deputado se encontra na Superintendência Regional da PF na capital federal.

 

Segundo a PF, não há previsão, neste momento, de transferência. Rocha Loures e o senador Aécio Neves (PSDB­MG) foram gravados pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, em negociação de pagamento de propina. Depois, ambos foram alvos de ações controladas pela Procuradoria­Geral da República. Em um dos vídeos gravados pela Polícia Federal, Rocha Loures aparece “correndo” após supostamente ter recebido uma mala com R$ 500 mil.

 

Defesa

 

O advogado de Rodrigo Rocha Loures, Cezar Bitencourt, argumentou em sua defesa ao ministro Edson Fachin, que a Procuradoria­Geral da República solicitou a prisão de seu cliente com objetivo “forçar delação” premiada.

 

“Há três anos assiste­se os espetáculos lamentáveis e totalmente desnecessários, transformando a prisão em regra, quando deveria ser exceção”, escreveu Cezar Bitencourt nas alegações da defesa. “Prende­se para investigar, para descobrir provas, para forçar delações, por precisar de tempo para produzir provas, mas não por necessidade da prisão”, diz o advogado, que cita no documento o editorial do Estado de anteontem, “É isto a Justiça?”.

 

Bitencourt, que criticou o que chamou de “espetacularização” das prisões da Operação Lava Jato, afirmou ainda que o Ministério Público “confessou” na imprensa que prende para “forçar deleção e facilitar as delações”. Prisão

 

A prisão de Rocha Loures havia sido pedida pelo procurador­geral da República, Rodrigo Janot, na Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato. A captura de Rocha Loures foi negada por Fachin. O ministro do STF havia alegado a imunidade parlamentar de Rocha Loures para não autorizar a prisão

 

O ex­assessor de Temer havia assumido o mandato de deputado federal no lugar de Osmar Serraglio (PMDB­PR) que foi ao Ministério da Justiça. Após ser deposto da Justiça, Serraglio decidiu recusar a oferta de Temer para virar ministro da Transparência e reassumir o seu mandato.

 

Após Rocha Loures perder a prerrogativa do foro privilegiado, já que Osmar Serraglio havia voltado à Câmara, Janot, então, pediu a reconsideração da prisão do aliado de Temer.

 

Na semana passada, Janot já havia pedido para Fachin reconsiderar a decisão tanto relativa a Rocha Loures quanto ao senador afastado Aécio Neves (PSDB­MG).

 

Para o procurador ­geral da República, a prisão dos dois é “imprescindível” para garantia da ordem pública e instrução criminal, diante de fatos gravíssimos que teriam sido cometidos pelos parlamentares.

 

Diário Nordeste

 

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