Sem conseguir dialogar com vice-presidente, Ciro ataca: ‘Temer é um salafrário, golpista e filho da p….’

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O pré-candidato à presidência em 2018 pelo PDT Ciro Gomes, rejeitado nas tentativas de diálogo com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), perdeu de vez a linha e, mesmo sendo aconselhado por assessores a evitar não usar palavrões em discursos, disse que Temer é “um salafrário, conspirador e filho da p…”.

 

A declaração foi feita nesta sexta-feira (29), em debate realizado na universidade PUC-SP. No momento da declaração, Ciro falava sobre os papeis do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

 

“Quem está preocupado com a decência no Brasil, durma com um barulho deste, porque o vice-presidente da República que assume em junho é o Eduardo Cunha. Assume a presidência da República, porque tem o compromisso de abertura da Nações Unidas e o Brasil, por tradição da Assembleia de 1948, é quem abre. Mas o Michel Temer, na sua vaidade, não vai deixar. Não devia rir não, esse é um salafrário dos grandes. Conspirador, filho da puta.”

 

As ofensas de Ciro foram ditas em local simbólico: na PUC, Temer conquistou o título de Doutorado, em 1974, e também foi professor da graduação e na pós.

 

Novas eleições

 

Pouco antes da votação do impeachment na Câmara, no dia 17/04, Ciro já havia abandonado a defesa de Dilma e tentava, através do presidente do PTB, Roberto Jefferson, um canal de diálogo com Temer. Sem conseguir se aproximar do vice-presidente, Ciro agora volta a atacá-lo publicamente e deve engrossar o coro por novas eleições.

 

Cid Gomes (PDT), por sua vez, se mantém contrário ao impeachment, mas não mais em benefício de Dilma, e sim por novas eleições. Para os irmãos Ferreira Gomes, qualquer coisa é melhor que ficar na oposição, principalmente contra uma possível gestão de Temer.

 

Durante o governo Dilma, Cid e Ciro acusaram o PMDB e, em especial, Temer, de achaque e de ser “chefão do golpe”. Com Temer no Palácio do Planalto, o grupo político de Cid e Ciro deve perder boa parte da influência política.

 

 

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