Categoria exige reajuste salarial, dentre outras reivindicações. Os trabalhadores também protestam contra a privatização da empresa
Os servidores dos Correios do Ceará aderiram à greve geral nacional por tempo indeterminado. A paralisação foi decretada na noite desta terça-feira (10) em assembleias realizadas em diferentes estados do país. Em Fortaleza, os serviços realizados pela empresa já estão afetados nesta quarta-feira (11). A informação é do Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similiares do Ceará (Sintect-CE).
De acordo com o diretor de imprensa do sindicato, Cláudio Cruz, a categoria realiza na sede dos Correios no Centro de Fortaleza uma manifestação. Há previsão de protestos em outras sedes espalhadas na Grande Fortaleza. O debate principal nos protestos são os reajustes salariais e a possibilidade de privatização da empresa.
“O reajuste salarial que a categoria pediu é 3,2%. O de 0,8% é o aumento que a empresa quer repassar aos trabalhadores. No entanto, os trabalhadores querem também a reconsideração quanto a retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios”, disse Cláudio Cruz.
O grupo também é contra a privatização da estatal, que foi proposta no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.
Hoje, de acordo os Correios, há 2.262 empregados ativos no Ceará. A empresa está presente nos 184 municípios do estado e disponibiliza ao público 768 pontos de atendimento, sendo 201 agências próprias, além de agências terceirizadas e comunitárias. Os Correios afirmam que, até o momento, não há suspensão de nenhum serviço.
A direção dos Correios reforçou também ter participado de 10 encontros com os representantes dos trabalhadores para apresentar propostas dentro das condições possíveis, “considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões”. E afirmam que, até o momento, não há suspensão de nenhum serviço.
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