Vereadores desobedecem deputado e não comparecem ao evento do PDT. Sérgio passará de comandante para comandado?

A situação no grupo politico controlado por Sérgio Aguiar, mesmo que seus aliados tentem disfarçar nas redes sociais, ou não queiram acreditar, é de natureza complicadíssima! O deputado, quando ficou sabendo do ocorrido na quinta-feira (12), protagonizado pelos vereadores James, Oliveira, Zezinho da Rádio e pelo PCdoB, teve que interromper seus planos na Capital Cearense e  retornar imediatamente para Camocim, logo na sexta-feira (13) pela manhã. Sua intenção era chegar à noite com a caravana de Cid Gomes, porém, sua tarefa mais cedo na cidade, que se tornou urgentíssima, seria interromper o grito de independência dos três vereadores e do Partido aliado e colocá-los em seus devidos lugares: o campo da subordinação!

 

Já em Camocim, em contato com o transtorno, a primeira medida do deputado foi gritar forte com os três vereadores e com o Partido, determinando como prazo e forma o evento do PDT na noite de sexta-feira 13 (ontem) para que os mesmo revessem os posicionamentos e voltassem atras com suas palavras e posturas. Caso Oliveira, James, Zezinho e o PCdoB  não comparecessem ao evento para serem fotografados pousando com o deputado federal Leônidas Cristino, eles já poderiam se considerar expulsos do Grupo Aguiar. Ocorre que o grito de Sérgio não surtiu efeito algum, pois os três vereadores, mais uma vez, desobedeceram o todo poderoso Sérgio Aguiar e não compareceram ao evento, mostrando claramente que irão manter a palavra assumida com o deputado Federal Robério Monteiro, e que Sérgio, sobre este aspecto politico, não tem poder contra eles.

 

– Cabe lembrar que o “conselho do ditador” serviu também para o vereador Emanoel Vieira, que ameaça apoiar outro candidato a deputado  federal. Não se declarou, mas já confessou não nutrir simpatia pela imposição de Sérgio, Leônidas Cristino.

 

Agora, as perguntas são: Sérgio irá dar mais um novo prazo para os vereadores, ou irá aceitar a decisão dos mesmos, de apoiar outro deputado federal que não seja Leônidas Cristino?

 

O deputado Sérgio Aguiar, que sempre foi soberano, onipotente e inquestionável dentro do seu grupo, se encontra diante de uma situação inusitada, o que no popular chamamos de “um rabo de foguete, um “fogo cruzado” ou  “está com a batata assando em suas mãos”. Se ele acatar a decisão dos três vereadores e do Partido, de votar votem em Robério, poderá criar três problemas no grupo:

 

1- Abrirá precedentes para os demais vereadores e partidos declararem autonomia e escolher seus próprios candidatos federais.

 

2- Sérgio descumprirá o acordo com Leônidas Cristino, que lhe assegurou votos de uma cidade de seu domínio eleitoreiro e várias emendas para o governo Monica, em troca do apoio de todos os vereadores e mais os partidos do arco de aliança de Sérgio.

 

O mais grave

 

3 – Se Sérgio Aguiar permitir que os vereadores votem Robério Monteiro, deixará claro que perdeu poder e o controle no grupo. Sairá humilhado perante o partido em Camocim, no Estado e diante do seu eleitorado.

 

Deixará de ser o comandante para ser o comandado. Isso mesmo: Sérgio corre o Risco de ser apenas um COMANDADO ao invés de COMANDANTE.

 

Analogia

 

Quando Sérgio se rebelou contra Cid e Ciro na eleição para presidência da Assembleia Legislativa Estadual, lançando candidatura própria (derrotada), teve a oportunidade de aprender com seus líderes maiores no Estado,  que não abriram mão da estrutura de seu projeto politico, tendo que, em nome disto, mostrar “quem manda no pedaço”. Os irmãos Ferreira Gomes disseram: “nosso candidato é Zezinho, e quem não aceitar será tratado como Oposição. E assim foi dito e assim foi feito! Eles não exitaram, sequer, em ordenar o fechamento estratégico do histórico Tribunal de Contas dos Municípios – TCM, para não se curvar aos caprichos dos rebeldes. Cid e Ciro “moveram céu e terra” para reeleger Zezinho Albuquerque. E elegeram. Sem abrir mão da liderança que são e sem deixar margens para ninguém questioná-los, combaterem com rigidez o afronto.Resumindo: Sérgio perdeu, foi humilhado, teve que voltar depois pedindo desculpas aos seus chefes, tendo que contradizer seu discurso “de cabra macho”.

 

Em Camocim, neste momento, o caso não é diferente. E outra pergunta se faz procedenete: Sérgio aplicará esta regra aos vereadores Oliveira, James, Zezinho, Emanoel Vieira e ao PCdoB?

 

E os  vereadores  irão voltar à palavra? Irão caminhar pelos caminhos da humilhação e vergonha pública? Irão desfazer o acordo com Robério Monteiro?

 

Carlos Jardel

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